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AS RENDEIRAS

A rendeira mais antiga em atividade no Pontal da Barra é Dilma Oliveira Viana, de 79 anos. Existem ainda associações, como a Associação dos Artesãos do Pontal da Barra, que ajudam as rendeiras em busca de turistas, de propagandas e outros. Mas, segundo algumas rendeiras, às vezes prejudica, pois se juntam com empresas de turismo e hotéis, a fim de envia-las para tecer o filé em outros locais, o que faz com que os turistas se afastem do bairro. 

Essa Associação foi criada há mais de 30 anos, por mais de 100 artesãos, lideradas por duas rendeiras. Hoje tem pouco mais de 23 associadas, que foram deixando a associação por não concordarem com os presidentes das mesmas. Antigamente as rendeiras participavam de feiras nacionais e internacionais, o que ajudava na divulgação. Na atualidade isso tem diminuído cada ano mais. 

Com tantas dificuldades que estão passando, como a falta de ônibus de turismo no local, a falta de incentivo do Estado e Município, a pulverização de feiras de artesanato na cidade, com produtos de outros Estados, as artesãs se preocupam com o futuro do local e a sua sobrevivência. A ideia original das feiras de artesanato era divulgar Alagoas e as artesãs locais. 

A Associação de Rendeiras de Maceió informa que entre a compra, produção e revenda do filé, são gerados 15 mil empregos indiretos em localidades diferentes e 1200 diretos entre funcionários e donos de loja no Pontal, o que movimenta a renda daquele local. 

O filé é importante para a manutenção da história dessas pessoas, é um trabalho valoroso, que oferece um registro único, feito à mão, que fala por si. 

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